Artigo
alteração postural
Primeiro estamos falando de comprimento e não volume ou largura e essa pergunta merece mais que uma resposta curta e objetiva. Não é somente ser normal ou não, mas sim é uma alteração muito comum.
O nome dessa condição é dismetria de membros inferiores. Pode ser de origem congênita, ou seja presente desde o nascimento ou adquirida, por lesões como fraturas e procedimentos cirúrgicos, variar de poucos milímetros a alguns centímetros. Essa diferença de comprimento pode causar uma série de problemas, incluindo dor nas costas, joelhos e tornozelos, má postura, desgaste prematuro das articulações e problemas de equilíbrio.
Normalmente a condição clinica dessa alteração é silenciosa, ou seja não apresenta sintomas, pois a diferença de tamanho, na grande maioria dos casos, é pequena (menos de 1 cm).
Quem nunca ouviu de um familiar ou amigo, que tem um desgaste em apenas um dos joelhos ou quadris ? Como isso acontece, se os dois joelhos tem o mesmo tempo de vida ? Já se perguntaram ?  Claro que isso não está relacionado somente a essa condição. Mas vamos analisar sobre essa ótica, o corpo humano faz com maestria processos de adaptações. Nesse caso, ele vai provocar pequenas tensões e torções, podendo começar no pé, subindo para joelhos, quadris, pelve e coluna (principalmente da lombar) podendo chegar até a região cervical. A diferença é que algumas pessoas tem a capacidade de se adaptar melhor do que outras.
perna curta
Por isso eu disse que essa condição é muito comum. Sempre que eu avalio um paciente que vem com queixas de desconforto ou dor nos membros inferiores e/ou coluna, desde os 20 e poucos anos (por exemplo, “eu sempre senti desconforto na minha lombar e de vez em quando tenho dor no joelho direito” ou “eu sempre tive essa dor, já tentei diversos tratamentos e nunca melhorou”), ou se o paciente se queixa de dor na lombar, quadril ou joelho e já apresenta um desgaste articular mais acentuado, eu vou avaliar se essa condição existe.
Não podemos afirmar que ter essa dismetria entre as pernas vão apresentar desgaste articular precoce ou vão ter dor, mas pela experiencia e casuística (registro pormenorizado de casos clínicos) recebo muitas pessoas que já apresentam essas condições e tem o diagnóstico funcional de alteração postural pela dismetria.
Dentro da fisioterapia e da medicina existe uma discussão sobre esse tema, pois muitos vão defender o reequilíbrio postural e outros vão afirmar que isso não tem relação com os sintomas e queixas. Mas com uma boa avaliação funcional e testes clínicos podemos determinar como a musculatura e as articulações reagem há essa diferença e podemos optar por tratar ou não essa a dismetria.

Quando temos um problema?

Quando nosso corpo não consegue mais reagir ou se adaptar há essa diferença, por exemplo o sedentarismo e/o processo de envelhecimento com perda de massa muscular. O corpo pode nunca ter conseguido se adaptar bem há diferença, desde que a fase de crescimento terminou (aqueles pacientes que se queixam de dor desde a adolescência, por exemplo). Também podemos ter pacientes que começaram a fazer algum tipo de atividade ou treinamento físico que possa sobrecarregar um sistema (corpo) que já está “fora do seu eixo“, um dos exemplos mais comuns é “eu comecei a fazer musculação ou treino de força e meu joelho ou lombar começou a doer”. E em ultimo caso pacientes que passaram por algum trauma ou cirurgia e mais uma vez o corpo sofreu um estresses a mais.

E como é o tratamento

Bom na maioria dos casos o tratamento padrão outro é uma combinação de palmilhas funcionais (feitas a partir de uma avaliação e exclusivas para cada caso, com o uso de baropodometria), terapia manual e exercícios. Em alguns casos podemos descartar o uso de palmilhas, mas isso quando a diferença for pequena (eu considero abaixo de 0,8 cm), quando o corpo não apresente desequilíbrios musculares grandes (acima de 10%) entre membros e dependendo da atividade do paciente, tanto a laboral quanto o(s) esporte(s) que ele(a) pratique.
Em resumo, a dismetria de membros inferiores é uma condição comum que pode afetar a postura e o equilíbrio de uma pessoa, podendo ser causa de dores e problemas articulares. É importante que essa condição seja diagnosticada e tratada adequadamente para evitar complicações no futuro. Se você quer fazer uma avaliação e saber se suas dores podem ter essa origem, procure um fisioterapeuta para obter um diagnóstico funcional, mais preciso e um plano de tratamento adequado.

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Thiago Alfama

Thiago Alfama

Sou Fisioterapeuta graduado pela pela Universidade La Salle de Canoas/RS desde 2010. Apaixonado pela área que estuda e atua na reabilitação do movimento humano e pelo conhecimento que isso me proporcionou para poder ajudar pessoas a maximizar e explorar seu potencial físico. Atuo como professor pelo Instituto Fortius e também como professor convidado em diversas Instituições pelo Brasil. Em 2019, junto com meus amigos e sócios Leonardo Bazzano e Alexandre Ortiz, fundamos a Clínica Fortius. Um local que idealizamos para ser um centro de excelência em reabilitação e desenvolvimento com uma abordagem INTERDISCIPLINAR para habilitarmos nossos clientes a terem uma vida mais saudável e com qualidade.
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