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A bexiga hiperativa e a disfunção temporomandibular (DTM) são duas condições que podem ocorrer simultaneamente em algumas pessoas. No entanto, a relação entre as duas condições ainda não é totalmente compreendida.

Alguns estudos sugerem que a bexiga hiperativa e a DTM podem compartilhar fatores de risco comuns, como:

  • Estresse
  • Ansiedade
  • Depressão
  • Doenças autoimunes
  • Lesões na cabeça ou no pescoço

Além disso, a bexiga hiperativa e a DTM podem afetar os mesmos nervos e músculos, o que pode levar a uma interação entre as duas condições. Por exemplo, a tensão muscular na mandíbula pode causar dor e desconforto na região pélvica, o que pode exacerbar os sintomas da bexiga hiperativa.

Em alguns casos, a bexiga hiperativa pode ser um sintoma de uma DTM subjacente. Por exemplo, a DTM pode causar dor e desconforto na mandíbula, que podem levar a uma diminuição da capacidade de urinar. Isso pode, por sua vez, levar à sensação de urgência miccional e à incontinência urinária.

Novas Pesquisas sobre a Relação entre Bexiga Hiperativa e Bruxismo

No entanto, é importante ressaltar que a relação entre a bexiga hiperativa e a DTM ainda não é totalmente compreendida. Mais pesquisas são necessárias para determinar a causa exata da associação entre as duas condições.

A seguir, alguns estudos que investigaram a relação entre a BH e a DTM:

  • Um estudo publicado no Journal of Urology em 2013, avaliou 200 mulheres com bexiga hiperativa. Os pesquisadores descobriram que as mulheres com BH eram mais propensas a relatar dor na mandíbula do que as mulheres sem bexiga hiperativa.
  • Um estudo publicado no Journal of Oral and Maxillofacial Surgery em 2015, avaliou 100 pacientes com DTM. Os pesquisadores descobriram que os pacientes com DTM eram mais propensos a relatar sintomas de bexiga hiperativa do que os pacientes sem DTM.

Um outro fator que pode estar relacionado com a disfunção temporomandibular e a bexiga hiperativa são os trilhos anatômicos.

Os trilhos anatômicos, também conhecidos como cadeias musculares ou cadeias miofasciais, são padrões de tensão e conexões musculares que percorrem o corpo humano.

Nesta imagem podemos observar a linha profunda anterior,identificamos uma ligação da ATM e a musculatura do assoalho pélvico.

Essas descobertas sugerem que a DTM pode ser um fator de risco para a bexiga hiperativa, embora a relação exata entre as duas ainda não seja totalmente compreendida. Mais pesquisas são necessárias para elucidar essa associação.

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Ana Escher

Ana Escher

Fisioterapeuta formada pela Universidade Estácio - Fortaleza/CE (2012) e especialista em Acupuntura Chinesa pela IBRAMPA - Porto Alegre/RS
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