Artigo

As dores crônicas que afetam o sistema músculo esquelético, também repercutem outras manifestações orgânicas devido à insistência da patologia, como as alterações sociais e psicológicas. Muitas vezes, o paciente não consegue retornar a prática física pela dor. É uma dor chata que não cessa.

O corpo quando tenta regenerar ou cicatrizar a região lesionada e entra num ciclo de falha na qual não consegue reorganizar a malha cicatricial. Desta forma, um tecido conjuntivo desorganizado toma conta da região impedindo a plenitude do arco de movimento sem dor.

Recebo muitos pacientes ativos, que adoram praticar atividade física, mas por conta deste quadro se sentem incomodados pelo desconforto. No momento da escolha terapêutica faço uso da Eletrólise Percutânea Intratissular (EPI), que é uma corrente galvânica, na qual promove alterações eletroquímicas no tecido tratado.

Por ser uma corrente polarizada são necessários dois polos, um positivo – placa de metal envolto a esponja umedecida – e um negativo – uma agulha de acupuntura. Vale dizer que esta técnica não é eletroacupuntura, muito menos eletroanalgesia por TENS. Introduzimos a agulha no ponto a ser tratado e por alguns segundos a corrente passa para o tecido fazendo a quebra da fibrose.

Após este procedimento, um novo tecido irá se formar, porém de forma mais organizada e melhor, diminuindo a sensação de dor. O paciente é orientado a realizar um protocolo básico de exercícios específicos e globais para que o tratamento seja 100% eficaz.

Em anos de experiência posso afirmar que os resultados são fantásticos, tanto para as lesões crônicas como para as lesões agudas, já que, na lesão aguda ocorre o exsudato das células(quando a célula se rompe ela extravasa seu líquido celular), ou seja, com a ruptura de parte do tecido é liberado no local muito líquido, e a corrente galvânica quando encontra este excesso hídrico ela quebra as moléculas de água em hidroxila e íons hidrogênio, além de quebrar a fibrose. Portanto, com menos conteúdo hídrico a cicatrização acelera e a sensação de dor diminui.

As lesões mais comuns tratadas pela eletrólise percutânea intratissular são as lesões musculares, lesões ligamentares, lesões tendinosas, bursites e lesões ósseas.

Especificamente:

  • As tendinites infrapatelares
  • Tendinites do supraespinhal
  • Tendinites glúteas
  • As epicondilites lateral e medial (aquela dor na parte externa ou interna do cotovelo)
  • As pubalgias de ramo superior, inferior e mista
  • Os estiramentos musculares, e mialgias crônicas (dor muscular)
  • As entorses de tornozelo e joelho (torções que geram rupturas parciais ou leve estiramento)
  • As bursites trocantéricas (dor na face lateral do quadril)
  • As facítes plantares
  • E as contusões ósseas

Portanto, é um procedimento fisioterapêutico com resultados clínicos muito positivos e independente do tipo de esporte, seja você um ciclista com dor crônica nos cotovelos, ou seja, você um corredor ocasional com dor na parte da frente do joelho.

Fotos, arquivo pessoal do Fisioterapeuta Roberto Abib.

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Alexandre Ortiz

Alexandre Ortiz

Sócio-diretor do Instituto Fortius. Professor de Educação Física graduado pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Especialista em Fisiologia do Exercício e Mestre em Ciências do Movimento Humano pela Escola de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (EsEF-UFRGS).
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