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O que é neuralgia do trigêmeo?

Neuralgia ou nevralgia do nervo trigêmeo (NT) é conhecida como uma das piores dores que um ser humano pode sentir. É um tipo de dor extremamente violenta, repentina, que dura alguns segundos ou minutos e afeta um lado do rosto, causando profundo sofrimento e fazendo com que a pessoa pare tudo o que estiver fazendo pelas fortes rajadas de dor na face. O problema afeta principalmente adultos, em especial os idosos e é mais comum entre mulheres.

O nervo trigêmeo controla as sensações que se espalham pelo rosto e a musculatura da mastigação. É formado por um par de nervos cranianos com três ramificações distribuídas na área frontal (olhos e nariz), maxilares e mandíbulas.

A frequência da dor é extremamente variável de paciente para paciente. Às vezes, ocorre duas, três vezes por dia e em qualquer horário. Pode desaparecer por meses e voltar mais intensa.

Quais as causas da neuralgia do trigêmeo?

A causa da NT não é conhecida. No entanto, sabe-se que alguns fatores podem provocar a dor, como por exemplo, esclerose múltipla, tumores benignos ou malformação dos vasos sanguíneos. Porém, não há uma explicação lógica para o problema, responsável por uma das dores mais violentas que afligem o ser humano e que faz com que as pessoas que a sentiram nunca mais se esqueçam.

As causas podem estar relacionadas a uma artéria que acaba se deslocando e comprimindo o nervo do trigêmeo. Em geral, a dor é desencadeada por um estímulo sensorial.

Quais os sintomas da neuralgia do trigêmeo?

Os sintomas da neuralgia do trigêmeo incluem uma forte pontada facial, que pode aparecer de forma súbita e até afastar o paciente de suas atividades diárias. Em geral, a crise dura poucos segundos, mas costuma aparecer novamente, logo em seguida.

Alguns estímulos sensoriais podem desencadear os sintomas. Um simples toque já é o suficiente. No entanto, beber água, falar, mastigar, escovar os dentes e até mesmo uma brisa de vento gelado acabam por gerar uma crise.

Qual é o tratamento?

A primeira opção é o uso de medicamentos conforme avaliação médica. Caso os remédios não produzam o efeito esperado ou causem efeitos colaterais intoleráveis, o paciente deve conversar com o seu médico sobre outras opções, como os procedimentos cirúrgicos que removam a compressão vascular ou reduzam a sensibilidade da face ao retirar a zona gatilho que desencadeia as crises. E o tratamento conservador com atuação de efeitos analgésicos e estímulos de pontos específicos no corpo através da Acupuntura promovem excelentes resultados para controle da dor. Não há meios de prevenir a neuralgia do nervo trigêmeo, pois acredita-se que haja uma predisposição pessoal, provavelmente de origem genética, envolvida na sua origem.

Introdução de caso clínico:

Paciente sexo feminino, 35 anos, começou a ter dores em 2016, com diagnóstico em 2017, sempre com dor, internava no hospital, passava só com morfina. Manteve controle das dores com medicação (anti convulsivos, anti inflamatórios com efeitos colaterais), em dezembro de 2021 as dores pioraram ainda mais, internou e só saiu em fevereiro de 2022 após realizar procedimento cirúrgico para a Neuralgia do Trigêmeo e passou 2 anos e meio sem dores. Em julho de 2024 a dor voltou com tudo e passou 8 dias internada cogitando um novo procedimento cirúrgico acabou procurando tratamento através da Acupuntura.

Método e resultados:

Foram realizadas 8 sessões de acupuntura, eletro acupuntura, laser, sangria e auriculoterapia e 1 sessão de quiropraxia. Paciente relatou melhora a partir da 3 sessão, com um decréscimo importante da síndrome dolorosa e controle dos sintomas gradativamente conforme avanço no tratamento proposto.

Conclusão:

A acupuntura se mostrou uma opção terapêutica não farmacológica eficaz e segura no manejo da NT, sendo que a associação com outras modalidades terapêuticas a apresentou melhores resultados. Ainda assim, torna-se necessário mais estudos com maior rigor científico sobre o tema, bem como um acompanhamento como manutenção dos resultados por 6 meses sem necessidade de incremento de dose da terapia farmacológica usual.

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Lucas Carrão Bertoldo

Lucas Carrão Bertoldo

Fisioterapeuta da Clínica, graduado pelo Centro Universitário Metodista IPA/RS em 2008. Especialista em Acupuntura com curso avançado de extensão em Pequim. Possui diversas formações como: Podoposturologia; RPG; Pilates; Liberação Miofascial; Quiropraxia e Terapia Manual.
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