Incontinência Urinária em Homens: Tipos e Como a Fisioterapia Pélvica Pode Ajudar

Ana Escher

A incontinência urinária é, de forma bem direta, a perda de urina sem que você queira. Embora muitas vezes se fale mais sobre ela em mulheres, a verdade é que a incontinência também atinge muitos homens, e pode atrapalhar bastante o dia a dia, a vida social e até a autoestima. É uma condição que pode fazer com que a pessoa sinta vergonha e, por isso, muitas vezes não procura ajuda. Mas é importante saber que tem tratamento.

Tipos de Incontinência Urinária em Homens

Existem alguns tipos principais de incontinência urinária, e cada um tem suas características:

• Incontinência Urinária de Esforço (IUE): Imagine que você tosse, espirra, ri, levantar algo pesado ou praticar um esporte, e aí acontece a perda de urina. Isso é a incontinência de esforço. Nos homens, geralmente acontece porque os músculos do assoalho pélvico (que seguram a bexiga) ou o músculo que fecha a uretra (esfíncter) estão fracos ou foram danificados, muitas vezes depois de uma cirurgia na próstata.

• Incontinência Urinária de Urgência (IUU): Este tipo é quando você sente uma vontade súbita e muito forte de fazer xixi, tão forte que é difícil segurar, e acaba perdendo urina antes de chegar ao banheiro. Essa vontade incontrolável pode vir acompanhada de ir muitas vezes ao banheiro durante o dia ou à noite. Chamamos isso de Síndrome da Bexiga Hiperativa.

• Incontinência Urinária Mista (IUM): Como o nome sugere, é quando a pessoa tem sintomas dos dois tipos que mencionei acima, tanto a perda ao esforço quanto a urgência.

Um Caso Comum: Incontinência Após a Cirurgia de Próstata

É muito comum que a incontinência urinária apareça como uma das principais preocupações depois da cirurgia de câncer de próstata. O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comum em homens, e a cirurgia (chamada prostatectomia radical) é um tratamento importante. No entanto, ela pode enfraquecer os músculos que controlam a urina, afetando a saúde mental, a autoestima e podendo causar tristeza ou ansiedade.

O Papel da Fisioterapia Pélvica

A boa notícia é que a fisioterapia pélvica é uma ajuda fantástica para quem sofre de incontinência urinária, inclusive para homens após a cirurgia de próstata. É um tratamento seguro, não invasivo (sem cirurgia ou agulhas) e com bons resultados.

A fisioterapia funciona porque nossos músculos se adaptam ao que pedimos a eles. O segredo do sucesso é aprender a identificar e contrair os músculos certos do assoalho pélvico e praticar os exercícios regularmente. E os resultados vão além do controle da urina, também melhoram o bem-estar e a confiança do paciente.

Veja como a fisioterapia pélvica pode ajudar com suas diferentes técnicas

 Exercícios para os Músculos do Assoalho Pélvico:

    ◦ Essa é a base do tratamento. Consiste em fortalecer os músculos que seguram a bexiga e a uretra.

    ◦ Você vai aprender a fazer contrações rápidas (para segurar a urina de repente), lentas e graduais (para dar mais resistência e sustentar a contração). O fisioterapeuta vai te guiar para garantir que você está fazendo corretamente.

       ◦ Você também aprenderá a usar os músculos da barriga (o “core”) junto com os do assoalho pélvico para dar mais suporte.

 Eletroestimulação Neuromuscular:

    ◦ A corrente elétrica suave ajuda os músculos do assoalho pélvico a contrair, o que aumenta a força e a consciência deles. É como um “empurrãozinho” para os músculos trabalharem melhor.

 Biofeedback:

    ◦ Esta técnica permite que você veja ou sinta a contração dos seus músculos do assoalho pélvico em uma tela ou aparelho. É um feedback em tempo real que te ajuda a aprender a contrair os músculos corretamente e a aprimorar o controle.

Terapia Manual:

    ◦ Alguns músculos da região pélvica podem estar tensos ou doloridos. O fisioterapeuta usa as mãos para relaxar esses músculos, melhorar o movimento e diminuir a dor.

Terapia Comportamental:

    ◦ Essa terapia é a primeira indicação para quem tem bexiga hiperativa. Inclui:

        ▪ Mudar alguns hábitos alimentares e o estilo de vida.

        ▪ Usar um “diário miccional” para entender melhor como você faz xixi e em que momentos.

        ▪ Aprender a “treinar a bexiga” para segurar o xixi por mais tempo, aumentando o intervalo entre as idas ao banheiro.

        ▪ Ajustar a quantidade de líquidos que você bebe.

Estabilização Neuromuscular Dinâmica (DNS)

O sistema nervoso estabelece programas que controlam a postura, o movimento e a marcha humana. Esse “controle motor” é amplamente estabelecido durante os primeiros anos críticos da vida. Portanto, a “Escola de Praga” enfatiza os aspectos neurodesenvolvimentais do controle motor para avaliar e restaurar disfunções do sistema locomotor e síndromes associadas.

    ◦ Trabalhar a postura e fortalecer os músculos do abdômen e do quadril, pois eles estão conectados ao assoalho pélvico e são importantes para o controle da bexiga e a distribuição de forças.

A incontinência urinária em homens, especialmente após a cirurgia de próstata, pode ser um grande desafio. No entanto, a fisioterapia pélvica oferece um caminho muito eficaz para a reabilitação. Com técnicas variadas, desde exercícios de fortalecimento até a reeducação dos hábitos, ela não só ajuda a diminuir a perda de urina e melhorar o controle, mas também restaura a qualidade de vida e a autoconfiança.

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