mulher levantando peso

Estudo de caso sobre incontinência urinária de esforço

A incontinência urinária de esforço é um tipo comum de incontinência urinária que ocorre quando a perda involuntária de urina durante atividades que aumentam a pressão intra-abdominal, como tossir, espirrar, rir, levantar objetos pesados ou praticar exercícios físicos.

Relato de caso

Paciente, sexo feminino , 41 anos, Administradora, chegou no consultório com queixa principal de infecção urinária de repetição e também uma perda urinária por esforço. Inicialmente fizemos uma anamnese onde a paciente relatou que tem cirurgia de abdominoplastia, cesária e prótese mamária, que já vem sentindo esses sintomas há algum tempo.

Na avaliação física , foi constatado que a paciente apresenta grau I de força muscular, ou seja, tem um sinal de contração , mas extremamente fraco. Não é possível sentir os músculos fazerem isometria e contrações rápidas e utiliza toda a musculatura acessória  e faz apneia. Também foi observado que têm uma dificuldade imensa de fazer contração da musculatura infra-abdominal, principalmente por causa das cicatrizes da abdominoplastia.

A paciente realizou 10 (dez) sessões, 1(uma) vez por semana. O tratamento da paciente foi individualizado e baseado em suas necessidades específicas. Foram utilizadas as seguintes abordagens terapêuticas:

  • Exercícios de Kegel: A paciente recebeu instruções sobre a realização correta dos exercícios de Kegel, que visam fortalecer os músculos do assoalho pélvico. Ela foi orientada a realizar esses exercícios regularmente em casa, além dos exercícios de contração e consciência da musculatura do assoalho pélvico. Lembrando que é muito importante que a paciente faça os exercícios em casa, é a base do tratamento.
  • Eletroestimulação:  A estimulação elétrica intravaginal envolve a introdução de eletrodos pequenos e finos na vagina, que são conectados a um aparelho de estimulação elétrica .Esses eletrodos emitem correntes elétricas de baixa intensidade que estimulam os músculos e os nervos do assoalho pélvico. Essa técnica foi utilizada para o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico, melhora da função muscular, alívio da dor e para melhorar a circulação sanguínea local.
  • Biofeedback: Utilizamos o biofeedback para ajudar a paciente a visualizar e compreender a contração correta dos músculos do assoalho pélvico. Isso foi feito por meio da colocação de sensores na região pélvica, que forneciam informações em tempo real.
  • Reabilitação de cicatrizes: Foi feita também liberação das aderências das cicatrizes, melhorando a mobilidade do tecido.

Durante o tratamento a paciente foi sendo reavaliada, para comparar a evolução. Após 8 sessões de tratamento a paciente já apresentava um grau III de força do assoalho pélvico, conseguindo fazer contração do mesmo e ativação das paredes da vagina. A paciente foi embora do país e teve que interromper o tratamento. Mas com as 10 sessões já teve uma grande melhora das cicatrizes, diminuição das infecções urinárias e também parou de perder urina.


Fisioterapeuta Ana Escher

CREFITO 5 175.378-f

 

Quer saber mais? A Clínica Fortius está disponível para atender o teu caso!
Entre em contato conosco pelos seguintes canais: