Fisioterapeuta do Caso: Rafael Camargo

 

RELAÇÃO I/Q isquiotibiais quadríceps percentual
esquerda 9,1 24,8 36,69%
direita 9,4 26,1 36,02%

 

Resposta: >60% isquiotibiais fortes em relação ao quadríceps

<50% quadríceps fortes em relação aos isquiotibiais

Valores aceitáveis de referência: 40% a 60%

 

Déficit de força em glúteo médio esquerdo: > 10% de assimetria

Descrição do caso

Paciente do sexo feminino, 64 anos, aposentada, praticante de exercício funcional acompanhada por profissional de educação física, chegou ao consultória com queixa de dor anterior nos joelhos. Relata que realiza muito exercícios de agachamento e fica com dor articular pós treino, algumas vezes incha.

Realizou uma ressonância magnética que mostrou ter desgaste na cartilagem “condropatia” e degeneração meniscal, porém, nos testes de McMurray, Apley e Thessaly não apresentou nenhuma queixa. Juntando a avaliação física e anamnese, decidimos realizar o teste com o dinamômetro isométrico para ver se há muita discrepância de força na relação isquiotibiais/quadríceps (relação I/Q) o que pode gerar uma sobrecarga articular por uma força mal distribuída gerando maior pressão retropatelar e cisalhamento no joelho. 

No teste conseguimos identificar uma significativa assimetria, onde a força máxima para posteriores de coxa é de 9,1 kg na esquerda e 9,4 kg na direita. Já no quadríceps, a paciente conseguiu reproduzir 24,8 kg no lado esquerdo e 26,1 kg no lado direito (relação I/Q = 36%). O que nos diz que o quadríceps está muito mais forte em relação aos isquiotibiais (valores de referência entre 40% e 60% para melhor equilíbrio de força). Além disso, ela apresentou menos força no glúteo médio a esquerda (joelho que mais incomoda).

Tratamento

Montamos um programa de reabilitação para a paciente voltado para suas fraquezas. Ensinamos uma progressão de exercícios específicos para posteriores de coxa, a qual se queixou de não treinar no funcional, tendo em vista encontrar o equilíbrio na relação I/Q para tirar a sobrecarga articular. Não ficou proibida de realizar nenhum exercício, porém, adaptar dentro de ângulos de proteção próprio para não gerar edema e aumentar a dificuldade no processo de recuperação.

 

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