Dor no Tendão de Aquiles? Saiba causas e tratamentos

Rafael Camargo

O que é a Tendinopatia de Aquiles?

A tendinite, atualmente chamada de tendinopatia de Aquiles é uma condição que envolve dor, inchaço e dificuldade de movimentação no tendão de Aquiles — a estrutura que conecta a musculatura da panturrilha ao osso do calcanhar. É comum em pessoas ativas, corredores e praticantes de esportes, mas também pode ocorrer em quem não pratica atividade física regularmente.

Sintomas Comuns

  • Dor na parte de trás do tornozelo, principalmente ao andar, correr ou descer escadas;
  • Rigidez, especialmente pela manhã;
  • Inchaço local;
  • Sensibilidade ao toque.

O que causa a tendinopatia?

Ela geralmente resulta de um uso excessivo do tendão, sobretudo com aumento abrupto da carga de exercícios. Fatores como biomecânica inadequada (por exemplo, pisada errada), calçado inadequado, idade e algumas doenças metabólicas também podem contribuir. Vimos também que a inibição muscular do músculo glúteo máximo aumenta a carga no tendão de aquiles principalmente em corredores.

Tratamento: o que funciona de acordo com as evidências?

De acordo com estudos recentes e diretrizes internacionais, o tratamento da tendinopatia de Aquiles inclui:

1. Exercícios Terapêuticos (principal abordagem)

  • Exercícios isométricos:  Envolvem a contração do músculo sem movimentar a articulação — ou seja, você faz força sem alterar o comprimento do músculo, mantendo a posição parada. Importante na fase inicial para analgesia e ativação muscular.
  • Exercícios excêntricos: Movimentar o tornozelo lentamente para baixo, alongando o tendão sob carga, demonstrou eficácia comprovada na melhora da dor e função.
  • Exercícios de fortalecimento progressivo para a região da panturrilha.

2. Modificação das atividades

  • Reduzir temporariamente as atividades que causam dor intensa.
  • Substituir por atividades de baixo impacto, como bicicleta ou natação, durante a recuperação.

3. Outros tratamentos adjuvantes

  • Aplicação de gelo: Para controle de dor aguda (ATENÇÃO: Somente nas primeiras 48 horas do início da dor);
  • Uso de calçados adequados: Preferir tênis com bom suporte e amortecimento;
  • Palmilhas podem ser indicadas caso haja alteração biomecânica.

4. Quando considerar outras intervenções?

  • Fisioterapia supervisionada é recomendada nos casos persistentes.
  • Em caso de dor crônica a Eletrólise Percutânea Intratissular EPI é uma técnica minimamente invasiva realizada por fisioterapeutas ou médicos, na qual uma agulha fina é introduzida no tendão lesionado. Por essa agulha, aplica-se uma corrente galvânica de baixa intensidade diretamente no tecido, gerando um processo inflamatório controlado que estimula a regeneração do tendão.
  • Cirurgia só é indicada em casos de ruptura.

ATENÇÃO: O uso indiscriminado de anti-inflamatórios, repouso absoluto e imobilização prolongada não é recomendado para a maioria dos casos, podendo inclusive retardar a recuperação.

Como prevenir esse problema?

  • Aquecimento adequado antes das atividades físicas;
  • Fortalecimento muscular regular;
  • Aumento gradual da intensidade e volume dos exercícios;
  • Uso de calçados apropriados.

Quando procurar um especialista?

Se a dor persistir por mais de duas semanas ou piorar, é importante consultar um fisioterapeuta especializado ou ortopedista para uma avaliação completa e individualizada. Entre em contato com a Clínica Fortius para resolver o seu problema o mais rápido possível!

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