Tratamento da dor lombar crônica inespecífica com terapia manual, palmilhas funcionais e exercícios
Descrição do caso
Paciente do sexo masculino, 33 anos procura atendimento para avaliação e tratamento de dor lombar crônica. Relata que começou a sentir dores na região lombar há um ano, durante o trabalho e desde então vem sentindo dores constantes.
Na época procurou atendimento clínico com ortopedista que diagnosticou lombalgia (nome clínica para dor lombar) e prescreveu tratamento apenas com AINE (anti-inflamatórios não esteroides) e bloqueio local (infiltração de anestésico ou corticóide na coluna) o paciente não soube especificar qual medicamento foi usado.
Percebeu melhora durante 2 meses mas voltou a sentir as mesmas dores. Procurou novamente o atendimento clínico que prescreveu fisioterapia com reforço muscular. Fez algumas sessõoes em outro local, com foco em analgesia e exercícios locais, mas não teve uma melhora constante e começou a sentir uma irradiação para a parte posterior lateral da perna com crises mais agudas uma vez por mês.
O exame de imagem (ressonância magnétca) demonstrando uma desidratação de L5-S1 com pequeno abaulamento discal.
Histórico: osteossíntese de tornozelo E em 2014 (por fratura); laparoscopia para retirada do apêndice 2012
Avaliação
Postural: Escolióse, dismetria (diferença no tamanho das pernas) sendo a perna direita (D) menor, pelve apresentando torção e pé D pronado por adaptação há dismetria. Padrão respiratório apical (respirando mais pela região da parte superior do peito)
Diminuição de mobilidade em articulação sacroilíaca (S.I.) D limitando movimento de anterioridade e S.I. E para posterioridade, tornozelo E para dorsiflexão (pela osteossíntese).
Palpação: pontos gatilhos e contraturas em reto abdominal na porção inferior do lado D, no glúteo médio D e reto de coxa E.
Testes – Padrão de inibição muscular em cadeia antirotacional de tronco para a D (com envolvimento de obliquos abdominais e transverso), músculo psoas D, reto femoral D, glúteo máximo D.
PS: Inibições musculares são quando o músculo não consegue sustentar uma contração eficiente, devido alguma disfunção. Sejá de ordem neuromuscular ou articular.
Pressão intra-abdominal (PIA): não consciente, gera compensações em paravertebrais lombares e adutores de quadril.
PS: Essa avaliação usamos para definir como o paciente controla e contrae a musculatura abdominal. No caso, o a resposta ao teste demonstra uma falta de controle e coordenação da musculatura do CORE.
Testes neurodinâmicos provocativos: Lasegue , Slump Test apresentando tensão na região posterior de coxa D.
Estabilidade: Instabilidade e fraqueza da musculatura abdominal, , Instabilidade e desequilíbrio por alteração podal (pé).
Diagnóstico Cinético-Funcional
Paciente com disfunção pélvica por adaptação há dismetria de membros inferiores. Apresenta inibições musculares artrogênicas por bloqueios funcionais.
Tratamento
Foi selecionado em primeiro momento técnicas de terapia manual e exercícios para promover um ganho de mobilidade articular e relaxamento e posteriormente a indicação de uma avaliação de Podoposturologia pelo Fisioterapeuta Lucas Bertoldo, para o uso de palmilhas funcionais corrigindo a dismetria.
O tratamento de terapia manual, combinou técnias de manipulação e mobilização articular com liberção miofascial de músculos específicos para ganhdo da mobildiade combinado com exercícios específicos com o mesmo propósito e reeduação da forma com usa a musculatura abdominal.
Essa fase do tratamento durou 3 semanas, sendo 4 sessões de fisioterapia e 2 sessões de exerícicos específico com a técnica do Dynamic Neuromuscular Stabilization (DNS ou Estabilização Neurodinâmica) para conscientização e treinamento do coordenação.
Após o paciente passou pela avaliação de Podoposturologia para a confecção da palmilha e iniciou o programa de treinamento e fortalecimento muscular sobre orientação do professor Alexandre Ortiz que além do DNS fez o uso do programa de Treinamento Fundamental que é uma abordagem que combina várias técnicas e metodologias de treinamento desenvolvida pela Clínica Fortius.
Hoje o paciente adere ao programa contínuo de treinamento e faz acompanhamento dos exercícios de forma on-line com alguns encontros presenciais com o professor Alexandre Ortiz.