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Qual a diferença em pace e cadência na corrida

Quando utilizamos algum dispositivo para rastrear o treino (como relógio ou smartphone com GPS e acelerômetro), ao conferir os dados registrados encontramos campos e/ou gráficos referentes ao pace e à cadência da corrida. Mas afinal, qual é a diferença entre eles?

Embora parecidos, há diferenças importantes entre estes dois valores. Ambos podem ser usados para mensurar o desempenho do exercício, mas cada um transmite uma informação diferente.

A cadência é um registro de quantos passos foram dados em determinado intervalo de tempo, normalmente referido como passos por minuto. Muitos fatores podem influenciar na cadência, como a técnica, inclinação do trecho, tipo de terreno, etc. Aumentar a cadência, ou seja, dar mais passos por minuto, não necessariamente aumenta a velocidade, visto que a distância percorrida em cada passo também influencia neste parâmetro. Para uma mesma velocidade, cadências mais elevadas (até certo ponto) resultam em economia de energia e menor impacto no sistema musculoesquelético, proporcionando um movimento suave e fluido. Cadências baixas exigem passos mais longos, consequentemente aumentando o impacto no solo, tempo em contato com o chão e força necessária para impulsionar o próximo passo, tornando o movimento mais “quadrado”. É aquela corrida que vemos e achamos pesada, onde parece que os pés brigam contra o chão o tempo inteiro.

O pace é uma forma de medir a velocidade. Diferente do padrão, onde medimos, por exemplo, quantos quilômetros são percorridos em uma hora, o pace costuma ser expresso em tempo necessário para percorrer um quilômetro (ou milha, dependendo do aplicativo ou treinador). Pode parecer a mesma coisa, e na teoria é; mas na prática, utilizar a notação minutos por quilômetro torna mais fácil e rápido planejar e monitorar treinos e provas. Normalmente temos controle das distâncias, com marcadores, pontos de referência ou GPS, então, com uma conta bastante simples, é possível saber se estamos dentro do tempo planejado ou quanto tempo de prova ou treino ainda temos pela frente. Se o objetivo for correr 10km, e ainda faltam 3km, sabendo que nosso pace é 5min/km, facilmente chegamos a 15min para terminar o exercício. Monitorando em km/h, estaríamos correndo a 12km/h e teríamos que fazer uma regra de 3 para estimar o tempo restante. Neste exemplo é até fácil, mas em velocidades e distâncias com números mais quebrados a conta se torna bastante penosa para quem está correndo.

Cruzando as duas informações, pace e cadência, podemos ter uma noção da evolução da técnica da corrida, tanto ao longo de um mesmo treino (afetada pela fatiga) quanto a longo prazo, e fazer as correções necessárias. No F Run, o clube de corrida da Fortius, trabalhamos não só na elaboração das planilhas de treino, mas também no aperfeiçoamento da técnica de corrida, para que você corra melhor e por mais tempo.

 

O F Run, clube de corrida da Fortius, tem uma equipe multidisciplinar para fazer com que você corra, corra melhor e corra por mais tempo.

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João Monassa

João Monassa

Profissional de Educação Física formado pela ULBRA Canoas em 2009 e especialista em Fisiologia do Exercício (Universidade Gama Filho, 2013). Sou personal trainer, atendendo um público bastante diverso. Também desenvolvi trabalhos em academias de musculação, saúde do trabalho e esporte de rendimento. Atuo na Clínica Fortius como treinador do F Run, o clube de corrida da Fortius, e preparador físico.
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